domingo, 30 de setembro de 2012

Depressão de Domingo à Tarde #23

Nem penso sequer, por ventura, justificar a minha brutal ausência nas tardes de domingo exibindo a minha incurável depressão retratando temas que a ninguém interessa. A verdade é que por vezes sou levado a questionar-me: "mas estou a escrever para quem para além de mim mesmo?" De qualquer forma, a fome de dizer meshugas é mais forte, adiante.

Hoje vou escrever algo bastante aborrecido, divagar sobre a vida.

O que é a vida? A vida é uma desculpa barata para entrar no ciclo vicioso do mercado de trabalho, nós temos que sobreviver, a elite quer divertir-se à custa da nossa miséria, precisamos do dinheiro e tal, e a elite aproveita para criar um esquema qualquer extremamente ridículo para administrar aquilo a que se chama de nação. Seja lá o que isso for. Não parece humor até agora?


Perdão, não passou de um introdução do que é a vida na actualidade. Este texto é dedicado a todo o indivíduo que tem crises existenciais. Pois, este blogue não foi só criado para gozar com os coitadinhos, mas sim para também ajudá-los. Hoje vou encarar a minha face de psicólogo:

Caro leitor, o meu nome é Luíz Vasconcelos D'Andrade e venho, por este meio, ajudar-lhe a olhar a vida de outra maneira, isto é, empurrá-lo para o suicídio, já que de lamentadores está o mundo farto, sente-se, ponha-se confortável, e largue esse pedaço de qualquer tipo de comida que está a segurar, depois queixe-se vertendo lágrimas da sua obesidade. (Primeiro parágrafo ofensivo o suficiente para uma ameaça de morte)

Por vezes, na vida, podemos encontrar diversas adversidades, seja na vida amorosa, seja em relação ao seu físico, seja na vida profissional, na verdade tamanhas adversidades só lhe acontecem a si, e mais ninguém, e quando você diz: "Acontece a todos..." Desengane-se, deprima-se! Você é um caso à parte, você está amaldiçoado, eu honestamente não sei como reagiria na sua pele! Você tem má aparência, você tem pouco dinheiro, você é solteiro, 30 anos vive na casa da mãe e é virgem, com essa idade! Você é um caso muito raro e distinto, é a única pessoa assim... Tenha vergonha!

(Porque tudo fica mais depressivo com uma criança a chorar numa fotografia a preto e branco)


Mas eu posso ajudá-lo, Xanax, um livro comprado por raparigas entre os 13 e os 20 anos, e uma arma ou uma corda bem resistente chegam? Bem, eu não posso comprar isso por si. Eu sei, até a dona Margarida Rebelo Pinto é mais branda, mas ela escreve humor e eu não... Não é? Não sei, pareceu-me... Esta já é a minha vigésima terceira crónica e aquela raiva e frustração da senhora pareceu-me digna de uma crónica de humor, não que eu escreva humor! Sou muito sério na minha estima pela sua miséria!

De qualquer modo, na minha pouca formação que tive em sexologia, igual à formação que o senhor Relvas teve em ciências políticas e relações internacionais, isto é, vi pornogr... esqueça, já usaram e abusaram da piada, e por isso mesmo eu decidi reinventá-la para o deprimir ainda mais, porque agora está a receber dicas de uma pessoa que não tem graça e que não sabe do que fala, mas a culpa é sua. Bem, queria dar-lhe uma dicas de como melhorar a sua vida sexual, e para além disso, de como ser um bom sexólogo. Para melhorar a sua vida sexual, lembre-se disto:
1. Apimentar a relação com o seu parceiro
2. Ser aberto para novas sensações e emoções. (Mesmo que lhe entrem por onde você menos esperava)
3. Prepare um jantar romântico antes de tudo.
4. Sim porque relações sexuais só devem acontecer à noite, e para concepção humana.
5. Conheça os fétiche do seu parceiro sexual.
6. Desfrute de uma vida sexual activa.
7. A disfunção eréctil já não é uma sentença de morte.
8. Se a sua parceira tiver um pénis... ah, é melhor ficar-me por aqui, já não tenho a certeza do que estou para aqui a dizer.

(BOOM! RELAÇÕES INTERPESSOAIS DESTINADAS À CONCEPÇÃO HUMANA!!)

Agora como justifico a minha intervenção sobre a vida sexual humana completamente vinda do nada... Bem, se eu simplesmente disser "Freud", talvez soe intelectual...

Concluindo a crónica, nunca ponha o suicídio como uma segunda opção. Veja-o não como um infortúnio porque acabou de morrer, mas como uma oportunidade de mudar de vida, talvez... é tal e qual como ir para o desemprego, e digo isto não como cronista, psicólogo, sexólogo, poeta, cantautor de música romântica, mas como cidadão e futuro pai.

Sinceramente,
Hoje não Luíz Vasconcelos D'Andrade, mas simplesmente Luíz, um amigo seu.
Domingo, 30 de Setembro de 2012

P.s.: Esqueça a treta do amigo e lembre-se que a vida é sobrevalorizada.